Em meados do século passado se iniciou o uso do Planejamento como ferramenta de Gestão. A implantação desta ferramenta e uso correto muitas vezes esbarram nos aspectos culturais da organização e do País. O Planejamento exige disciplina, comprometimento e transparência dos envolvidos. O famoso “jogo de poder”, existente em praticamente todas as organizações ou prestes a emergir, tem que ser neutralizado. A influência deste hábitos contaminam, neutralizam e praticamente mascaram os dados e promovem pouca evolução.
No Brasil, principalmente na Construção Civil, Naval e Industrial pode se dizer que o Planejamento engatinha e ainda pouco desta ferramenta é utilizada. Cronogramas sofrem sucessivas revisões, análises de custo são aceitas sem critérios definidos e o histograma vira uma montanha russa com picos inexplicáveis. Incompetência, centralização de tomadas de decisões e corrupção são fatores cruciais que implicam no Planejamento mascarado.
O resultado da maioria das obras no Brasil é o mesmo, atrasos, obras refeitas, overcost (custo acima do previsto) e alta rotatividade dos funcionários. Isto se espelha no cotidiano do País e aí temos um pouco do reflexo da cultura na Construção.
Uma sugestão para melhorarmos a eficiência e a competitividade é gastar mais tempo na fase de definição de escopo, detalhamento do projeto básico e somente começar a execução com o máximo de informação definida. A mobilização da mão de obra direta deve começar já sabendo o quê e como irá executar a obra.
Apenas iniciar uma obra não garante a sua conclusão; e iniciá-la precipitadamente pode dificultar seu término!
Leave a Comment